Posse da UEE

Semana passada, na quinta-feira, tivemos a tão aguardada posse da UEE-SP. Foi na UNIP Vergueiro. Não no belo prédio espelhado da rua Vergueiro, mas em um modesto prédio da Rua Apeninos, uma rua meio escura, numa UNIP sem placa na porta. Um grande escolão, com catracas na porta. Parecida com várias outras universidades(???) que vemos por aí.

Posse marcada pras 18h30min. Começou as 19h20min. Argumenta-se que foi atrasada pois os estudantes das universidades privadas chegam por volta desse horário pois são trabalhadores. Motivo justo. Argumentação melhor ainda. Porém, as 18h30min o auditório já estava com umas 35, 40 pessoas aguardando o evento.

Começa o evento, auditório lotado, convidados chegando. O corredor de entrada lotado. O saguão de entrada do auditório(que, bem da verdade, era um corredor com laboratórios[pequenas salas de estudo] e salas de aula) estava tomado por militantes, estudantes da UNIP, a banquinha da "Esquerda Marxista"(que depois volto a falar) e uma outra banca que não sei de quem era.

Como Mestres de Cerimônia tinhamos o Euzébio da PUC e o Arthur, Presidente da UPES. Saudaram todos os presentes e passaram um documentário produzido pelo CUCA. Depois do vídeo, começaram as falas das autoridades presentes. Boas falas, na perspectiva de construir uma relação com a nossa entidade e de dar um 'gás' pra nova gestão.

Mas a posse, em si, não começava. O ex-Presidente da UEE, que agora preside a UNE, não chegava. Estava no Rio de Janeiro, pegou um vôo em cima da hora e chegou no meio da atividade.

Acabadas as falas das autoridades, o Augusto (que é o atual Presidente da UNE) iniciou a cerimônia mais formal de posse. Com um belo e longo discurso à la Fidel Castro(não foi um discurso de 4 horas, graças a Deus!), passou a palavra ao nosso novo Presidente, o "Carlão"(como foi chamado por várias autoridades ali presentes). Fizemos uma singela homenagem aos presos e torturados políticos da ditadura na figura do nosso parceiro Ivan Seixas (Presidente do CONDEP e ex-preso político) e assim se encerrou a atividade.

Falando da banquinha da "Esquerda Marxista", uma grande figura que estava presente na posse comprou um exemplar do jornal dos companheiros. Abriu, folheou e assim disse para o Carlos:

"Meio xiita essa povo, não?"
Carlos respondeu: "São do PT, seu partido, camarada."
"É... São xiitas mesmo!"

Uma grande posse. De verdade. A UEE-SP sai fortalecida e cheia de contatos para começar mais um biênio de lutas no nosso Estado. Tivemos dificuldades de realizar a posse? Sim. Houveram alguns problemas? Sim. Mas, apesar dos astros não conspirarem tanto a favor, deu tudo certo. Melhor que o esperado.

Eu disse que a posse havia se encerrado. Grande equívoco. Era só passar no Amarelinho, ali perto do Campus espelhado da UNIP, que a posse continuava.

Acreditem, leitores. Aquela posse ainda foi longe.