sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Estrelando... PEDRO!

Vou lançar, a partir de agora, uma séria de estórias de um jovem chamado Pedro..


(a tirinha foi roubada de uma amiga, mas ajudou a pensar num monte de coisas do Pedro)

Elas ainda estão no forno, mas logo logo serão contadas!

Espero que curtam..

quinta-feira, 7 de julho de 2011

pensei bastante em escrever um texto novo para postar mas minha dor de estômago não me permite pensar ou, sequer, escrever muito.

vamos hoje de Maria Quintana

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Vinícius de Moraes é mesmo um grande poeta. Após ouvir um de seus belos escritos, musicado e cantado por ele mesmo, senti que deveria tentar escrever algumas coisas sobre uma tal de saudade.

Saudade é um sentimento tão perverso quanto gostoso. É egoísta, embora possa ser, também, bastante altruísta. Depende de por quem seja e da situação que se encontra envolvida na história. Tenho saudade de alguns amigos de escola, saudade do futebol que jogava semanalmente, de pessoas que já não estão mais aqui ou que, por vontade própria, não convivem mais comigo; sinto um tanto mais de outras saudades da vida que não caberiam aqui nesse texto.

Mas na verdade isso tudo é pra tentar introduzir alguma outra tentativa (espero que não frustrada) de lançar mais um poema (ou poesia; tenho dúvidas quanto as suas diferenças, se é que existem). De qualquer forma é isso.. lá vai. Depois deve vir mais uma, ainda hoje.

Saudade

Mas, enfim, o que é a saudade
É desejo, é tristeza, é falta
De um abraço, de um olhar, de nada
Ou somente uma vontade.

Vontade é efêmera
Saudade dura
Vontade é querer ter, possuir
Saudade é saber deixar seguir.

Saudade é desejo, tristeza e falta
Saudade é desapego, cheio de apegos
Saudade é dor de amor, repleta de alegria
É fazer de uma presença, em sua ausência, apologia.

Saudade é lembrar de momentos
Na companhia do silêncio e sorrir
Vontade de caminhar no tempo
Para reviver as coisas e partir.



quarta-feira, 8 de junho de 2011

Divagações

As vezes caímos em tentação de escrever coisas... Quase sempre sem sentido. Aqui, segue mais uma delas...


Feito ontem a noite, na escuridão da FFLCH.

Caminho errante
O escuro ilumina meus passos
Me perco e assim me acho
Quando me encontro
Me perco no meio da dor do descobrir.

Chegar aonde queremos
É desnudar um monstro
Que te consome e te mata
Mas, também, te completa.

E é essa contradição
Óbvia e obscura
Que nos faz seguir adiante.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A luta de classes, o frio e uma boa garrafa de vinho

Ao ler o título desse post, algumas pessoas podem se perguntar o que todas essas coisas tem a ver.. No meu ponto de vista (e nesse domingo passado), tudo!

Eis que começou mais um domingo gélido na selva de pedra paulistana... E como em todo bom final de semana de militantes de esquerda, levantei cedo para cumprir um dia cheio de agendas importantes. Levantei cedo mesmo, contrariando todas as forças do meu corpo e da minha alma que preferiam, certamente, permanecer embaixo das cobertas.

Juntei todas as minhas moedas, carreguei o bilhete único e parti. Depois de dar uma carona para um companheiro, sentei no Pão de Açúcar para tomar um capuccino, comer duas coxinhas bem saborosas e ler o caderno do jornal que mais me interessa de modo geral, o esportivo.

Depois de ler e reler meu jornal, segui pela zona sul para buscar outros companheiros para uma boa atividade que aconteceria na sede do Partido. Depois de me perder e me achar algumas vezes, consegui chegar na Vila Mariana, mais precisamente na Ana Rosa. Desembarcados todos do carro, adentrei o partido e fui, direto e reto, em direção aos sanduíches de metro que repousavam tranqüilamente em minha espera.

Depois de devorá-los ferozmente, pus-me a participar do debate (nem tão ativamente assim). Em dado momento optei por discutir seriamente sobre o principal fato ocorrido no sábado: a final da Champions League. Conversa vai, conversa vem, obviamente chegamos a outros assuntos importantes como, por exemplo, a realidade e as ações coletivas da esquerda (festiva, é claro).

Nesse momento, a tarde já começava dar lugar para a noite e a temperatura do gélido domingo era ainda mais gélida. Ouso dizer que deveria se aproximar do zero absoluto. Combinando o assunto da esquerda festiva com o da nova era glacial que se instalava, por a + b resolvi que era de fundamental importância tomar um bom vinho com uma companhia agradável.

De primeira, pensei exclusivamente em uma pessoa. E, por meio de um simples sms, perguntei se não era aquele um bom dia para degustar um delicioso e aromático fermentado de uva. Talvez o dia não fosse o momento mais perfeito, devido a compromissos de ambas as partes. Por conta disso, sugeri que o fim da noite seria um momento muito mais indicado. Ainda assim, a conjuntura não era favorável, dependendo de superarmos algumas tarefas inglórias que estavam colocadas.

Os obstáculos conjunturais não puderam ser vencidos pelos lutadores. Como bem me disseram, "as forças repressoras da academia sobrepujaram por completo os desejos do proletariado".

Depois de compreender que a correlação do momento não ajudava, uma mudança de tática foi exigida, para que houvesse, enfim, uma possível acumulação de forças. Um passo atrás para dar dois a frente, diria Lênin. O importante, para os comunistas, é jamais desistir de seus objetivos estratégicos. E a perspectiva de luta continua.

Espero que o frio continue. E que a organização e o comprometimento com a luta continuem firmes. Como disse Ivan Lins na década de 80, "Desesperar jamais".

E como eu gosto de dizer, "Ousar Lutar, Ousar Vencer!"

segunda-feira, 25 de abril de 2011

E o futebol?

Mais uma vez os Campeonatos Estaduais terminam de forma bem previsível. Com os grandes entre os finalistas.

Em São Paulo, pra variar, os 4 grandes farão as semifinais do próximo final de semana (promessa de grandes partidas). No Rio, surgiu um Olaria entre os semifinalistas, desbancando o grande Botafogo, com os outros 3 grandes. Obviamente que o Olaria perdeu e a final é um Vasco e Flamengo. No Sul, provavelmente teremos um Gre-Nal. No Paraná, o Atle-Tiba definiu o campeonato. Em Minas, tudo caminha para mais um Cruzeiro e Atlético. Os outros Estados me perdoem, nenhum preconceito, mas ficaria maçante falar de todos.

Os Estaduais como todos sabem, há anos, estão cada vez mais desinteressantes. Os times menores quase não revelam ninguém; pior, parecem times de futebol master. Os grandes nunca priorizam a competição, utilizando apenas como uma pré-temporada estendida, tentando montar o time pro Brasileirão.

Acontecendo junto com os Estaduais temos a Copa do Brasil e a Libertadores da América. E o calendário fica lotado, com jogos encavalados, sem descanso pros atletas. E quem ganha com isso? A televisão (entendam GLOBO), é claro.

Na Europa, os times que disputam mais partidas numa temporada jogam em torno de 60 partidas (entre campeonato nacional, copa nacional e copa européia) numa temporada. No Brasil, soomando só o Estadual com o Nacional já atingimos essa mesma marca. Lembrando que ainda tem a Copa do Brasil, a Libertadores e a Sulamericana.

Esse ano é o último em que o Clube dos 13 mediou a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro(graças a Deus!). Mas perdeu pra Globo(meu Deus!) que negociou individualmente com os clubes e fechou com quase todos. Parece que o único solitário corajoso(e desapegado da grana das transmissões) é o Atlético Mineiro, que disse que não fechará com a Globo(meu Deus!).

O contrato dos clubes com a Globo prevê que ela e somente ela poderá alterar o calendário dos jogos, sem consulta aos clubes. MEU DEUS!

Isso quer dizer que a Globo, agora, é a dona do Futebol Brasileiro. Só ela passa os jogos da Seleção e da Libertadores, agora manda e desmanda no Campeonato Brasileiro, coisa que já fazia com os Estaduais. Só a Copa do Brasil que fica de fora dos mandos do Plin-Plin. Só falta o Galvão Bueno assumir a presidência da CBF pra ficar tudo mais simples.

Essa salada mista de competições que fiz, comparações com a Europa e direitos de transmissão serve para mostrar exclusivamente uma coisa óbvia a muito tempo e que me deixa muito triste: cada vez mais os interesses financeiros mandam na nossa paixão nacional(não a cerveja, o futebol!).

O futebol, no Brasil, é cultural. Quando alguém nasce, alguém vai(provavelmente o pai) e compra o uniforme do time que quer que @ filh@ torça. Com menos de um ano essa criança já ganhou uma bola. E fazem você chutá-la - "Não, não pode por a mão", alguém sempre grita. Depois na Escola, no intervalo(ou na entrada, ou na saída, ou quando mata aula) a molecada sempre corre atrás de uma bola, uma lata amassada ou uma caixinha de Toddynho. Somos criados pra amar o futebol, ver futebol, jogar futebol, falar de futebol, em suma, viver futebol.

E a Globo caminha a passos largos para ser a dona do futebol. Os Clubes e a CBF parecem gostar disso.

Alguns jornalistas criticam, reclamam, denunciam. Fazem o que podem. Alguns deputados criticam, reclamam, denunciam. Parte da população reclama(tomando sua cerveja assistindo ao jogo na Globo). O Atlético Mineiro critica, reclama, denuncia. Tá na hora de juntar esforços e ir pra cima da Globo e da CBF. Ah, e também do Ministério dos Esportes, que nada fala sobre isso.

Quando conseguirmos fazer o futebol deixar de ser tratado como mercadoria e fazê-lo ser compreendido como cultura e tirarmos das garras da Globo e da CBF o controle de todo o nosso futebol, aí sim voltaremos a viver o futebol. Um futebol com menos e melhores jogos na temporada, um futebol mais moleque, insinuante e leve, preocupado com o jogar bem e bonito(por mais que perca), não com o jogo feio, retrancado e de resultados.

Salvemos o futebol. Fora aos Ricardos Teixeiras e aos Galvões Buenos, as CBFs e Globos que mandam e desmandam em tudo, que transformam tudo em mercadoria e tiram a graça e tesão da gente.

domingo, 24 de abril de 2011

Retomada

Depois de quase 2 anos de inatividade, tento reativar esse abandonado blog.

Muitas coisas aconteceram nesse meio-tempo. Tentarei contá-las brevemente, se minha memória assim permitir.

Namorava, estou solteiro. Estava no PT, hoje, estou no PSOL. Fazia só minha pós, hoje estou na USP, mais precisamente na EACH, cursando minha graduação em Gestão de Políticas Públicas. Continuo militando, agora diretor do DCE da USP. Continuo santista, de cidade e de time. Muitas mudanças, muitas. Mas a essência continua a mesma..!

Moro no Centro, com um grande camarada. Minha casa não é tão grande, nem tão pequena... Tá sempre de portas abertas pra abrigar e receber amigos, seja pra tomar uma cerveja, pruma reunião, ou apenas pra uma boa e longa conversa.

O telefone mudou, o e-mail mudou. Mas continuo sempre disponível, sempre atendo e sempre respondo e-mails. Pergunte-me que te conto o novo endereço e o novo número.

Continuo um paulista, mais paulistano que nunca.

Espero que gostem desse retorno. E peço que, caso gostem, acompanhem este escriba, que de tudo falará um pouco.