segunda-feira, 30 de maio de 2011

A luta de classes, o frio e uma boa garrafa de vinho

Ao ler o título desse post, algumas pessoas podem se perguntar o que todas essas coisas tem a ver.. No meu ponto de vista (e nesse domingo passado), tudo!

Eis que começou mais um domingo gélido na selva de pedra paulistana... E como em todo bom final de semana de militantes de esquerda, levantei cedo para cumprir um dia cheio de agendas importantes. Levantei cedo mesmo, contrariando todas as forças do meu corpo e da minha alma que preferiam, certamente, permanecer embaixo das cobertas.

Juntei todas as minhas moedas, carreguei o bilhete único e parti. Depois de dar uma carona para um companheiro, sentei no Pão de Açúcar para tomar um capuccino, comer duas coxinhas bem saborosas e ler o caderno do jornal que mais me interessa de modo geral, o esportivo.

Depois de ler e reler meu jornal, segui pela zona sul para buscar outros companheiros para uma boa atividade que aconteceria na sede do Partido. Depois de me perder e me achar algumas vezes, consegui chegar na Vila Mariana, mais precisamente na Ana Rosa. Desembarcados todos do carro, adentrei o partido e fui, direto e reto, em direção aos sanduíches de metro que repousavam tranqüilamente em minha espera.

Depois de devorá-los ferozmente, pus-me a participar do debate (nem tão ativamente assim). Em dado momento optei por discutir seriamente sobre o principal fato ocorrido no sábado: a final da Champions League. Conversa vai, conversa vem, obviamente chegamos a outros assuntos importantes como, por exemplo, a realidade e as ações coletivas da esquerda (festiva, é claro).

Nesse momento, a tarde já começava dar lugar para a noite e a temperatura do gélido domingo era ainda mais gélida. Ouso dizer que deveria se aproximar do zero absoluto. Combinando o assunto da esquerda festiva com o da nova era glacial que se instalava, por a + b resolvi que era de fundamental importância tomar um bom vinho com uma companhia agradável.

De primeira, pensei exclusivamente em uma pessoa. E, por meio de um simples sms, perguntei se não era aquele um bom dia para degustar um delicioso e aromático fermentado de uva. Talvez o dia não fosse o momento mais perfeito, devido a compromissos de ambas as partes. Por conta disso, sugeri que o fim da noite seria um momento muito mais indicado. Ainda assim, a conjuntura não era favorável, dependendo de superarmos algumas tarefas inglórias que estavam colocadas.

Os obstáculos conjunturais não puderam ser vencidos pelos lutadores. Como bem me disseram, "as forças repressoras da academia sobrepujaram por completo os desejos do proletariado".

Depois de compreender que a correlação do momento não ajudava, uma mudança de tática foi exigida, para que houvesse, enfim, uma possível acumulação de forças. Um passo atrás para dar dois a frente, diria Lênin. O importante, para os comunistas, é jamais desistir de seus objetivos estratégicos. E a perspectiva de luta continua.

Espero que o frio continue. E que a organização e o comprometimento com a luta continuem firmes. Como disse Ivan Lins na década de 80, "Desesperar jamais".

E como eu gosto de dizer, "Ousar Lutar, Ousar Vencer!"

Um comentário:

  1. e a luta de classes, com ou sem aspas (piada interna, que me desculpem os de fora), segue adiante. e nós, revolucionários, continuamos em frente acumulando forças para conquistas que nos aproximem do norte estratégico! =)

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